IGREJA CATÓLICA DE BARBALHA
1. ATIVIDADE ECLESIÁSTICA EM BARBALHA
Quem chega a Barbalha vindo do lado de Juazeiro do Norte defronta com os verdes canaviais da terra de Francisco Magalhães de Sá Barreto. E mais adiante avista as imponentes torres da Matriz de Santo Antônio. Uma construção belíssima que desafio o tempo. Os casarios que a circundam já não são mais os mesmos, restando poucos que conservam os traços da época imperial. Os avanços tecnológicos, o novo pensamento do barbalhense arraigado com sua nova estrutura familiar são definitivos nessas mudanças físicas e culturais. É com sentimento de pesar que os cidadãos barbalhenses vêem seu patrimônio histórico se esvaindo, levando junto a memória de seus antepassados queridos. A paróquia de Santo Antônio continua com sua missão evangelizadora em consonância com as atividades sociais e o poder público, desde sua criação pela lei provincial nº 130, de 30 de agosto de 1838, na época com a denominação de Freguesia do Senhor Santo Antônio de Barbalha, até os novos dias, no paroquiato do Padre Renato Simonetto.
1.1. Barbalha: Uma Visão Histórica
“Terra querida
És nossa vida
Tudo faremos em teu favor
Terra de Santo Antônio
O nosso grande protetor”
(Trecho extraído do hino de Barbalha, letra de Maria Alacoque Sampaio)
Ora, se falar da composição histórica de Barbalha é engrossar fileiras de tantos que já escreveram sobre esta Senhora, “mulher de firmeza que nunca debruça diante do desafio de ser espelho para o Cariri” (Trecho da entrevista com Prof. Umberto Brito, 11/10/2008); assim como, para o estado do Ceará, dentre outros, destaca-se a pessoa do estimado cidadão, historiador, médico barbalhense Dr. Napoleão Tavares Neves que tanto contribui no vernáculo da história de Barbalha. Barbalha é um oasis do Cariri, irmã do “Cratim de açúcar”, tanto na formação de seu povo quanto na comparação histórico-religiosa. “O município de Barbalha, num dos estados que integra o polígono das secas, situa-se na zona fisiográfica do Cariri – região privilegiada do Nordeste brasileiro, perenemente irrigada por águas de fontes naturais, fica o município, portanto, regularmente abrigado contra o flagelo das secas periódicas que assolam o polígono.

O seu nome origina-se, segundo Irineu Pinheiro, Antônio Bezerra e outros, do sítio comprado em 1735, pelo capitão Francisco Magalhães Barreto e Sá, a Inácio de Figueiredo Adorno, que o houvera em dote de seu sogro, o Coronel João Mendes Lobato. Aquele sítio tomara o nome de Barbalha, em conseqüência de nele ter habitado uma mulher assim chamada. No entanto sem nada podemos afirmar, por falta de dados, a presença da baiana Maria dos Santos Barbalha, casada com o baiano João de Sousa Lisboa, nestas paragens – outros chegam a afirmar que a “Barbalha”, possuía tenda, o que chamamos hoje venda, no Salamanca, ao lado do velho caminho, no princípio do século XVIII. (Sampaio, 33: 1976)
por prof Umberto Brito
fonte:Maria Zuleide Lima Nogueira-Igreja Católica em Barbalha-comunidade em ação
Nenhum comentário:
Postar um comentário